GO on Airplanes

10 de abril de 2025 3 min de leitura por Júlia Klee
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GOA Github

Neste post eu vou explicar por que eu criei o Go on Airplanes e compartilhar minha visão sobre o que os frameworks estão se tornando hoje em dia.

O GOA nasceu de uma necessidade: algo simples, rápido, e que não dependa de 800 packages npm. Depois de usar o NextJS em vários projetos menores, comecei a perceber o quanto de tempo eu perdia com coisas inúteis só pra manter esses projetos simples. O Next virou uma bola de neve de over-engineering: compilações, webpacks, layers desnecessárias… enquanto tudo que eu queria era um sistema de file-based routing e algo direto ao ponto.

A gota d’água foi um projeto secreto onde eu já não aguentava mais o NextJS. Foi aí que eu decidi migrar pra Golang, me dando o desafio de trabalhar só com html/template, TailwindCSS e jQuery. Sim, jQuery mesmo. E, sinceramente? Foi uma virada de chave. O tempo que eu levava pra implementar o Auth0 no Next, por exemplo, caiu de horas pra minutos com Go. Tudo ficou mais fácil. Mais rápido. Mais direto.

Mas, mesmo assim, eu ainda sentia falta de um framework que tornasse a experiência fullstack no Go mais dev-friendly. Foi aí que surgiu o protótipo do GOA: o NextGO (sim, o nome era horrível). A ideia era simples: um framework fullstack com layouts, components, e rotas baseadas em arquivos — como o NextJS — só que sem React, usando só HTML + Tailwind + jQuery.

Com o tempo, a ideia amadureceu e eu quis um nome mais legal, algo na pegada do Ruby on Rails. E então nasceu o Go on Airplanes. Porque com o GOA, seu projeto voa longe.

Hoje, o GOA tá na versão v0.3 Alpha e eu tô melhorando ele dia após dia. Pra mim, ele representa o que eu chamo de rollback necessário. A gente chegou a um nível de complexidade tão absurdo com React e suas camadas, que esquecemos como era programar sem um .tsx. E sinceramente? O jQuery é mais prático que o React em muitos casos. Com o TailwindCSS, a gente consegue o mesmo nível visual, sem precisar de toda aquela parafernália.

E o melhor: com o Go no core, a performance é absurda. Enquanto o NextJS leva de 1 a 10 segundos pra compilar uma página em modo dev, o GOA leva milissegundos — porque não precisa compilar. É só HTML + CSS + jQuery. E pronto. O resultado é o mesmo, mas o caminho é muito mais leve.

O GOA talvez seja uma das trombetas do que o Mano Deyvin chama de "O Grande Rollback". Não é uma nostalgia cega por tecnologias antigas. É um grito. Um lembrete de que a tecnologia não tá evoluindo — ela tá ficando mais lenta e mais complexa.

E que talvez... só talvez… a resposta esteja em fazer menos, não mais.

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